sexta-feira, 15 de abril de 2011

        Em uma sala de aula inclusiva, nem todos os alunos estão expostos ao mesmo nível de input (insumo), tendo em vista que o aluno surdo necessita ainda de estratégias de ensino diferenciadas. Oferecer ao aluno um input qualitativamente compreensível, autêntico e diversificado é um dos desafios dos professores que trabalham com surdos. Este input compreensível não pode ainda deixar de ser desafiador para o aluno.  
É imprescindível refletir sobre a forma de ensino da língua Inglesa para o surdo oralizado. É preciso analisar as estratégias de ensino adotadas nestas classes inclusivas e verificar qual é a formação do professor de línguas destinado a essas classes.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Hoje a imagem não tem a ver com o tema, mas gostaria de compartilhar minha felicidade: Meu primeiro sobrinho nasceu hoje....Cauã...meu principe.

Agora voltando ao nosso tema...

É simples entender a inadequação na forma como as aulas de inglês acontecem hoje para o aluno surdo. Basta inverter a situação. Suponha uma sala de aula inclusiva, na qual o professor de inglês em vez de ser ouvinte seja surdo. Ele tem proficiência na língua de sinais e toda a aula é ministrada tanto para os ouvintes como para os surdos em LIBRAS. Caso haja o profissional intérprete, este precisa prestar atenção ao que o professor sinaliza o que significa a necessidade do intérprete manter os olhos fixos no professor surdo, para ver os seus sinais que estão sendo feitos e não nos alunos ouvintes para quem ele está interpretando.
Toda a aula é dada em LIBRAS e não há utilização de nenhum tipo de som, somente sinais. Esta pode ser considerada uma aula de inglês para ouvintes? Será que as aulas de Inglês em salas separadas, estão contra o processo de inclusão?
De acordo com a Lei nº. 9.394/96, Art.58, § 2º:
"O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular."
Assim sendo, se existissem aulas de Inglês separadas para surdos e ouvintes, haveria um respaldo na lei.
Fica claro que o ensino de língua inglesa - LE aos alunos com surdez mostra-se muito relevante para sua formação acadêmico-profissional, já que eles têm o direito de ter contato com os conhecimentos produzidos nessa língua. Este contato desenvolve atividades individuais e profissionais, partindo da reflexão que esses novos conhecimentos e experiências podem suscitar.
O ensino da LE para surdos é sem dúvida um desafio, assim como é o ensino da língua portuguesa, mas com uma diferença bastante significativa: o aluno não tem contato com a LE, o que significa que o professor deverá munir-se de outros conhecimentos, além do conhecimento lingüístico, possibilitando que o aluno faça associações.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dificuldade em sala de aula


           As salas de aula, em geral, parecem seguir os preceitos da inclusão, contudo, quando vista mais de perto, percebe-se que o seu contexto é totalmente incoerente com a proposta adotada no ensino da língua inglesa.
           Muitos professores colocam seus alunos em contato com os sons da língua inglesa, ao trazerem músicas, por exemplo, e conseguem envolver os seus alunos ouvintes na atividade proposta. Porém para o aluno surdo essa atividade é inútil. Assim, o professor consciente do seu papel de professor de língua inglesa, muito pouco pode fazer ao tentar trabalhar oralmente nessa língua. O aluno surdo estaria assim, sendo colocado novamente numa situação de exclusão. Como o professor não fala em inglês e não há nenhuma atividade voltada para o seu uso, os alunos ouvintes e surdos têm uma aula onde basicamente copiam textos e respondem exercícios de gramática que serão corrigidos.
Desta maneira, fica claro que nesse contexto, onde se têm duas situações distintas, não há como trabalhar com o mesmo método nem com métodos diferentes ao mesmo tempo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Surdo Oralizado e o processo de inclusão

          O fato de o professor não estar preparado para receber o aluno surdo é realidade e acontece com a maioria dos professores de escola regular. Quando recebe o aluno surdo, tem idéias preconcebidas, neste sentido atribui ao aluno surdo algumas impressões, na maioria dos casos depreciativas, impressões que, na maioria das vezes, se refletem em sua postura e em práticas pedagógicas em sala de aula.
          Em face desta realidade percebe-se que a escola pública está diante do desafio em que deverá dar respostas à inclusão dos alunos surdos. A concepção de surdo que se forma, resultado de uma construção histórica, questiona as práticas educativas das escolas que, por força da legislação, se caracterizam como inclusivas. Sabemos que a garantia da inclusão passa pela superação de muitas barreiras, e estas dependem da elaboração de políticas públicas educacionais que se comprometam com a aprendizagem de todos.
          É fato a dificuldade para o professor, sozinho, apreender o conjunto de novas informações relacionadas com a escolarização de alunos surdos e decidir sobre quais as melhores estratégias metodológicas a selecionar, de modo, a não ignorar as necessidades diferenciadas do aluno surdo, sem marginalizar as suas produções no contexto escolar. É importante que esta tomada de decisão deva ser o fruto de reflexões conjuntas entre professores, técnicos clínicos (médico de especialidade, terapeuta da fala, psicólogo, etc.…), a família e os professores especializados na área da surdez.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Lei x Educação Inclusiva

Na lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases), o Brasil adotou a proposta da inclusão escolar preferencial de alunos com necessidades educativas especiais. A educação Inclusiva enfatiza a necessidade de integrar todas as crianças em escolas regulares, inclusive as crianças com necessidades especiais.
O Artigo 58 parágrafo 1º da LDB dispõe que: Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de Educação Especial. O parágrafo 2º determina que o aluno será encaminhado para classes, escolas ou serviços especializados, somente em casos de condições especiais, quando não for possível sua integração nas classes comuns de ensino regular.
        Sendo assim, o que antes era a regra geral, agora é a exceção, ou seja, se antes os alunos com deficiência eram atendidos em instituições diferenciadas, agora, nestas, só em situações específicas, caso lhes seja possível a inserção nas classes comuns de ensino regular.

domingo, 10 de abril de 2011

Mas qual a diferença entre o Surdo Oralista e o Librista?

De forma sintetizada, o Surdo Librista é aquele que utiliza a Lingua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para comunicar-se. Já o Surdo Oralizado fala e faz leitura labial para comunicar-se.


Os Surdos Libristas podem também ser oralizados e vice e versa.


Na verdade, a diversidade na área da surdez é muito grande. Não existe “um” tipo de surdo, mas sim um grande grupo heterogêneo resultando assim numa grande variedade de formas lingüísticas utilizada no meio educacional.

Simplificando a idéia, os surdos oralizados seriam aqueles que se comunicam oralmente através da língua majoritária do seu país, como qualquer indivíduo ouvinte.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Olá!! O ensino de Inglês para o Surdo Oralizado.


Resolvi fazer esse blog, primeiro pela paixão que tenho pelo Inglês e depois pela curiosidade em relação ao ensino Especial, mas mais especificamente pelo ensino de Inglês para o Surdo Oralizado.
Em todos os lugares que vamos nos deparamos com alguma palavra em Inglês, como: frases de camisas, lanchonetes, cardápios, internet, televisão, músicas, entre outros, fazendo com que o Inglês deixe de ser luxo e passe a ser indispensável para qualquer pessoa.
                Então como fazer para o Surdo Oralizado aprender uma 2ª Língua, somente pela leitura labial? Já que o surdo oralizados, em tese, não utiliza a Língua de Sinais para se comunicar.