quinta-feira, 14 de abril de 2011

Hoje a imagem não tem a ver com o tema, mas gostaria de compartilhar minha felicidade: Meu primeiro sobrinho nasceu hoje....Cauã...meu principe.

Agora voltando ao nosso tema...

É simples entender a inadequação na forma como as aulas de inglês acontecem hoje para o aluno surdo. Basta inverter a situação. Suponha uma sala de aula inclusiva, na qual o professor de inglês em vez de ser ouvinte seja surdo. Ele tem proficiência na língua de sinais e toda a aula é ministrada tanto para os ouvintes como para os surdos em LIBRAS. Caso haja o profissional intérprete, este precisa prestar atenção ao que o professor sinaliza o que significa a necessidade do intérprete manter os olhos fixos no professor surdo, para ver os seus sinais que estão sendo feitos e não nos alunos ouvintes para quem ele está interpretando.
Toda a aula é dada em LIBRAS e não há utilização de nenhum tipo de som, somente sinais. Esta pode ser considerada uma aula de inglês para ouvintes? Será que as aulas de Inglês em salas separadas, estão contra o processo de inclusão?
De acordo com a Lei nº. 9.394/96, Art.58, § 2º:
"O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular."
Assim sendo, se existissem aulas de Inglês separadas para surdos e ouvintes, haveria um respaldo na lei.
Fica claro que o ensino de língua inglesa - LE aos alunos com surdez mostra-se muito relevante para sua formação acadêmico-profissional, já que eles têm o direito de ter contato com os conhecimentos produzidos nessa língua. Este contato desenvolve atividades individuais e profissionais, partindo da reflexão que esses novos conhecimentos e experiências podem suscitar.
O ensino da LE para surdos é sem dúvida um desafio, assim como é o ensino da língua portuguesa, mas com uma diferença bastante significativa: o aluno não tem contato com a LE, o que significa que o professor deverá munir-se de outros conhecimentos, além do conhecimento lingüístico, possibilitando que o aluno faça associações.

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